Brasil

- Estudo mapeia e denuncia as irregularidades do avanço do agronegócio na região a partir da análise de legislações fundiárias e ambientais sobre terras públicas devolutas - Foto: Nelson Almeida/AFP

A expansão da fronteira agrícola no cerrado do Maranhão, Tocantis, Piauí e Bahia, região conhecida como Matopiba, envolve uma série de ilegalidades. A afirmação consta no estudo Legalizando o ilegal, lançado na semana passada pela Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATR), que estabelece conexões entre grilagem de terras públicas, desmatamento e expropriação de territórios tradicionais. 

“Grilagem organizada” ameaça biodiversidade e comunidades do Matopiba

Terras em 297 áreas indígenas estão cadastradas em nome de milhares de fazendeiros

Pesquisa inédita do De Olho nos Ruralistas mostra registros de propriedades sobrepostos em até 100% dos territórios ancestrais; Cadastro Ambiental Rural (CAR) autodeclarado afirma-se como instrumento da grilagem e da expulsão de povos originários.

Terras em 297 áreas indígenas estão cadastradas em nome de milhares de fazendeiros

- Histórico de punições do Ibama por destruição da flora mostra a realidade do “boi desmatador” - Reprodução.

Com o Pantanal em chamas, o presidente Jair Bolsonaro e seus ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e da Agricultura, Tereza Cristina, apelaram para um herói inusitado: o boi bombeiro. Na teoria, já rejeitada por especialistas, o gado no pasto seria a melhor maneira de combater as queimadas. Só que não há diminuição do gado no Pantanal. O número, na verdade, aumentou. Além disso, o gado intensifica a degradação da vegetação e o assoreamento de nascentes de água.

Gado, carvão, cana e soja estão por trás do desmatamento milionário no Pantanal

Foto del sitio: Agroecología

16/10/2020 - O Prêmio #AHistóriaQueEuCultivo, idealizado pelo Grupo de Trabalho (GT) Biodiversidade da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), abre suas inscrições para o envio de relatos em vídeo sobre experiências de promoção da biodiversidade e de resistência a ameaças à agroecologia, como a contaminação de sementes, mudas e alimentos por transgênicos, agrotóxicos ou perdas pelas queimadas. Em sua primeira edição, a iniciativa presta homenagem à Emília Alves Manduca (em memória), animadora de sementes crioulas no Mato Grosso.

“A História que eu cultivo” Prêmio às guardiãs e aos guardiões de sementes

Plano de expansão de barragens hidrelétricas na Bacia Amazônica coloca em risco populações locais e a biodiversidade
Entrevista especial com Philip M. Fearnside

Para o pesquisador, planos do governo federal são insustentáveis tanto do ponto de vista da produção de energia quanto no que toca aos direitos das populações locais.

Plano de expansão de barragens hidrelétricas na Bacia Amazônica coloca em risco populações locais e a biodiversidade

- A Argentina aprovou uma nova variedade de trigo transgênico e o Brasil promoveu uma audiência publica para discutir o tema - Bloomberg / Colaborador/Getty Images

Nesta semana em que foi criada no Brasil a Rede Irerê de Proteção à Ciência, que objetiva limitar as possibilidades de manipulação de informações, fraudes científicas e perseguição a pesquisadores que desenvolvem estudos no rumo oposto ao enunciado em campanhas de marketing pouco respeitosas aos direitos humanos, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) promoveu audiência publica  para discussão a respeito do trigo IND-ØØ412-7. A variedade transgênica é tolerante ao herbicida glufosinato de amonio e supostamente tolerante à seca. 

Uma ciência sem consciência?

13 motivos para dizer NÃO ao trigo HB4 geneticamente modificado

O governo brasileiro pode liberar o consumo de trigo transgênico no Brasil. O produto foi geneticamente modificado para ser resistente a um agrotóxico já proibido na Europa e em outros países. Se aprovada, a medida afetará a alimentação de todos os brasileiros. 

13 motivos para dizer NÃO ao trigo HB4 geneticamente modificado

"Mais contaminação e morte", prevê especialista após paraquate ser liberado até 2021

Após a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de liberar, nesta quarta-feira (7), a utilização de estoques do agrotóxico paraquate no país, pesquisadores e especialistas que acompanham o debate sobre pesticidas se mostraram preocupados com a medida. Considerada altamente tóxica ao sistema neurológico, a substância é uma das mais nocivas à saúde humana, sendo associada, em diferentes estudos científicos, ao mal de Parkinson e a mutações genéticas.

"Mais contaminação e morte", prevê especialista após paraquate ser liberado até 2021