Joao Pedro Stedile

Em entrevista exclusiva concedida ao site e jornal da ABI, o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stedile, revela como as multinacionais Monsanto, Cargill, Bungue, Adm e Dreyfuss agem sobre a agricultura brasileira, hoje sob o predomínio do agronegócio.

En Brasil, “por primera vez desde la derrota electoral 1989 hay una unidad popular tan amplia”, resalta João Pedro Stedile, líder del Movimiento de los Trabajadores Rurales Sin Tierra (MST).

"A burguesia e seus prepostos em diversos espaços de poder têm intensificado as suas movimentações em defesa dos seus privilégios na sociedade, buscando impor uma agenda que foi rejeitada nas urnas pelo povo brasileiro."

"El 17 de abril de 1996, tropas de la policía militar atacaron una marcha pacífica de más de mil familias de los sin tierra. El resultado de la masacre todos lo conocen, la sociedad brasileña quedó aterrorizada. Los movimientos campesinos de todo el mundo escogieron entonces el día 17 de abril, como el día mundial de la lucha campesina, en homenaje a aquellos mártires."

O Brasil se transformou desde 2007, no maior consumidor mundial de venenos agrícolas. E na ultima safra as empresas produtoras venderam nada menos do que um bilhão de litros de venenos agrícolas.

"Nada justifica a elevada concentração da riqueza, da propriedade dos bens e da renda, que beneficiam apenas os 10% mais ricos. E essa concentração de renda e riqueza continua crescendo, como parte da lógica perversa do sistema econômico."

"Agora a ocupação de terras é insuficiente para enfrentar o modelo do agronegócio. Por isso, além das ocupações, o MST deve desenvolver novas formas de luta, que envolvam todos os camponeses e outros setores da sociedade interessados em mudar esse modelo de exploração agrícola, que agride o ambiente e produz alimentos contaminados".

A burguesia agrária brasileira não tem jeito mesmo. O seu poder econômico, político e ideológico na mídia brasileira, é tão grande, que a deixa cada vez mais prepotente, porém cega e burra.