Existem alternativas aos mercados de carbono?
As negociações da COP 26 fazem parecer que o mercado de carbono e a "redução" com as compensações das emissões de O2 são o caminho único. Nós já viemos apontando e reafimando no Manifesto do Grupo Carta de Belém que há sim várias alternativas. Principalmente na demarcação de terras indígenas, quilombolas e a defesa das terras coletivas e dos direitos territoriais que mantém as florestas em pé respeitando os direitos dos povos tradicionais.
Seja também pelo fortalecimento de iniciativas agroecológicas e investimento na pequena e média agricultura, contribuindo para a conservação da sociobiodiversidade.
É preciso quebrar com a lógica de produção em cadeias globais no modelo das empresas transnacionais que privatizam os lucros, retritos ao norte global, mas socializam as violações de direitos e exploração das populações dos países do sul.
Por isso, é preciso investir em economias populares e circuitos curtos de comércio, garantindo dinheiro no bolso e soberania alimentar em benefício de todes. É preciso ação imadiata com caráter estrutural para termos um meio ambiente saudável com empregos de qualidade e com direitos garantidos.
Diferente dos caminhos adotados nessa COP26, consideramos que é preciso discutir amplamente o caminho para uma Transição Justa e Popular.
A natureza e os bens comuns não podem ser privatizados!
Fonte: Grupo Carta de Belém