Mato Grosso do Sul: o epicentro da guerra contra os povos indígenas Guarani e Kaiowá
Na luta pela terra, por soberania e auto determinação dos povos, a Juventude Sem Terra convoca a defender a luta dos povos indígenas Guarani e Kaiowá, que estão na ponta de lança do processo de resistência em seus territórios.
Denunciamos que no Mato Grosso do Sul 92% das terras estão concentradas nas mãos de poucas famílias de latifundiários integrados no agronegócio e aliados com as empresas transnacionais, onde apenas se produz soja para ser transportada a outros países, deixando pessoas, a terra, os animais, as flores, água envenenadas, doentes, com lastros de fome e de destruição ambiental sem precedentes na história da humanidade.
No outro lado da história estão os povos indígenas Guarani e Kaiowá, sem os seus territórios, onde vivem muitas pessoas em poucos palmos de terras, essa realidade os impulsiona a romper as cercas e fazer as retomadas.
Nos solidarizamos enquanto juventude do MST com todas as retomadas que os povos Guarani e Kaiowá vem protagonizando, num contexto de acirramento de violências como assassinato do jovem Alex Lopez e tantos outros indígenas que perdem a vida sob as variadas formas de agir que o agronegócio promove.
Nos comprometemos a seguir a luta por território e pela vida, a desenvolver a experiências entre os jovens do MST e Guarani e Kaiowá, a plantar milhares de árvores para reflorestar os corações, a fortalecer a agroecologia como matriz produtora dos alimentos saudáveis para matar a fome e um sistema equilibrado para enfrentar o sistema do capital, nosso maior inimigo.
Fonte: MST Brasil