Ex-ministros equatorianos defendem Yasuní

Idioma Portugués
País Ecuador

Ex-ministros reagem a pressão do governo brasileiro e saem em defesa de seu Parque Nacional. Fundamentaram seu pedido na "descoberta de falta de bases técnicas e legais no processo para obtenção da licença ambiental" e apontaram também "a falta de abertura da Petrobras para analisar propostas para reduzir a pressão e as ameaças decorrentes

São Paulo - SP - De acordo com o jornal El Comércio, quatro ex-ministros do Meio Ambiente do Equador enviaram hoje uma carta ao atual presidente do país, Alfredo Palacio, defendendo a suspensão das atividades da Petrobras na região conhecida como Bloco 31, no Parque Nacional Yasuní. A ação responde às pressões exercidas por diferentes representantes do governo brasileiro, que demonstraram por diferentes meios sua "preocupação com a suspensão das atividades da Petrobras no Yasuní".

Na carta, Yolanda Kakabadse, Rocío Vázquez, Édgar Isch e Rodolfo Rendón expressaram sua preocupação com a forma com a qual a Petrobras obteve a licença de atuação. Depois da queda de Gutiérrez surgiram denúncias de que, logo após a aprovação da licença ambiental, em agosto de 2004, a empresa repassou 160 mil dólares ao Ministério do Meio Ambiente equatoriano. Além disso, haveria distribuído caminhonetes de luxo para alguns funcionários públicos, além de 200 mil dólares para algumas lideranças locais.

No documento, de acordo com o jornal, eles também destacaram que não só o processo de concessão da licença deve ser revisto, como também todo o projeto da Petrobras para a região, que envolve a construção de uma base de exploração de petróleo e de uma estrada. Solicitaram também que as obras na região do Bloco 31 sejam mantidas suspensas, enquanto " não se revisem, em profundidade, as questões críticas". Fundamentaram seu pedido na "descoberta de falta de bases técnicas e legais no processo para obtenção da licença ambiental" e apontaram também "a falta de abertura da Petrobras para analisar propostas para reduzir a pressão e as ameaças decorrentes."

Fuente: Amazonia.org.br

Comentarios