Estudo aponta que uso de insulina transgênica gera distúrbios físicos e doenças

Por AS-PTA
Idioma Portugués

Um dos argumentos mais comumente utilizados em defesa da segurança dos alimentos transgênicos é o de que a insulina utilizada no tratamento dos diabéticos há muitos anos é transgênica e não apresenta riscos. O mesmo dizem das vacinas que aplicamos em nossos bebês ressaltando que em nenhum momento somos alertados sobre o fato de estes produtos terem sido fabricados através da modificação genética.

Entretanto, são numerosos os relatos sobre efeitos colaterais da insulina “humana” transgênica.

Um exemplo é um artigo publicado no South Gippsland Sentinel Times, da Austrália, em setembro deste ano, dando conta de terríveis efeitos vivenciados por um usuário da insulina transgênica.

O autor relata que usando a insulina transgênica seu controle de açúcar no sangue era deficiente. Os resultados de seus testes eram irregulares e normalmente diferentes do esperado.

Após descobrir que usava insulina transgênica e que a insulina animal natural ainda existia no mercado, decidiu mudar. Como resultado, seu controle do açúcar no sangue melhorou imediatamente e substancialmente. O mais surpreendente foi que sua necessidade diária de insulina diminuiu em 15-20%, sem que tivesse havido qualquer mudança em sua dieta, nos exercícios praticados ou na rotina de aplicação das injeções.

O autor diz ter percebido que, olhando para trás, deu-se conta de que foi logo após ter começado o tratamento com a insulina transgênica que ele desenvolveu a doença de Crohn -- uma doença inflamatória intestinal cujas complicações incluem artrite, inflamações oculares e erupções de pele. No entanto, após retomar o uso da insulina natural, sua doença de Crohn tem regredido sem o uso de medicamentos.

Mas o problema relatado com mais freqüência, e relatado também pelo autor do artigo no South Gippsland Sentinel, é perda dos sintomas alertando o estado de hipoglicemia, o que pode levar ao coma e à morte em alguns casos. Segundo o autor, também estes sintomas voltaram a se manifestar normalmente quando voltou a usar a insulina animal.

Os outros efeitos colaterais relatados incluíram cansaço extremo, ganho de peso, mal estar freqüente, perda de memória e confusão mental, irregularidade dos açúcares no sangue, sono constante, mudanças de humor e dores nas juntas.

Quinze dias após a publicação deste artigo, um leitor também australiano publicou uma resposta, que começa com os dizeres: “Ao autor do artigo ‘Os efeitos colaterais da insulina transgênica’, não há como agradecê-lo o suficiente por suas informações”.

O leitor diz ser diabético tipo 1 desde pequeno e, após ter usado na infância insulina suína e bovina, foi durante os últimos 20 anos usuário da insulina transgênica, que ele acreditava ser o melhor tratamento disponível.

“Desde que li seu artigo e então comecei a pesquisar sobre o assunto na internet, estou chocado com o repentino despertar para o fato de que sofri durante os últimos 20 anos de um conjunto de sintomas bizarros e não diagnosticados e provavelmente desnecessários. Li, em um fórum sobre diabetes, página após página de experiências de outras pessoas que usaram insulina transgênica. Meus problemas são similares, se não idênticos, aos de sua lista de efeitos colaterais”, continua a carta.

O leitor relata que nos piores momentos sua confusão mental era tão grande que disseram a ele que provavelmente tinha um tumor cerebral. Mas todos os especialistas e exames não deram respostas. Recebeu uma variedade de explicações vagas, tendo até sido sugerido que ele poderia ter epilepsia, mas ninguém sugeriu que a insulina transgênica poderia ser um problema para ele.

Entre os problemas que teve, ele relata fadiga crônica, fibromialgia, severa perda de memória, cansaço, letargia, enxaquecas, variações de humor, depressão, suores noturnos, febres, desmaios, inchaço facial, indisposição matinal, dores no corpo e nas juntas... “eu já havia sucumbido ao fato de que esta era simplesmente a minha sina”, relata ele.

Este leitor também contou que seus sintomas de hipoglicemia haviam sido substituídos por náusea, o que dava a impressão de que seu nível de açúcar no sangue estava alto quando na verdade estava baixo.

“Após ler seu artigo e então pesquisar sobre suas queixas”, continua o leitor, “eu esperançosamente decidi voltar a usar a insulina bovina... Em apenas 12 horas de uso eu fiquei mais ágil, dormi em uma nuvem pela primeira vez em 20 anos, e minhas dores no corpo começaram lentamente a diminuir. Meu inchaço facial que me impedia de sair de casa e o edema em minhas pernas foram embora. Minhas questões neurológicas continuam comigo. Espero que com o tempo passem, mas quem sabe que danos permanentes restarão? Sinto agora pelos meus 20 anos perdidos, que poderiam ter sido tão melhores para mim e para a minha família”.

O autor conclui dramaticamente dizendo crer que sua geração de dependentes de insulina foi usada como cobaia enquanto as indústrias farmacêuticas rolaram em dinheiro e gozaram de boa saúde.

O site da organização Insulin Dependent Diabetes Trust (IDDT) informa que nenhum estudo de larga escala e de longo prazo foi feito comparando insulina “humana” transgênica com insulina animal natural. As pesquisas realizadas até hoje foram grosso modo feitas em condições de laboratório e/ou usando pequeno número de pessoas.

Segundo a organização, a primeira pesquisa sobre insulina “humana” transgênica, feita em 1980 pelo professor Harry Keen, envolveu 17 homens saudáveis e não-diabéticos e, em 1982, a insulina “humana” recebeu a aprovação para uso geral. Este é um prazo incrivelmente curto para a aprovação de uma nova droga, especialmente considerando que a insulina “humana” transgênica foi o primeiro medicamento geneticamente modificado a ser usado em pessoas.

Quando de sua criação, em 1994, o IDDT enviou questionários a todos os que contataram a organização e analisou as 100 primeiras respostas (os questionários recebidos subsequentemente foram todos muitos similares aos 100 primeiros).

As informações recebidas deste primeiro grupo foram as seguintes:

A análise mostrou que em média os efeitos adversos não apareceram antes de 13 meses após o início do tratamento com a insulina “humana” transgênica:

- 41% - perda de sintomas de hipoglicemia
- 34% - extremo cansaço ou letargia
- 9% - sono o tempo inteiro
- 32% - ganho de peso de 9,5 kg ou mais
- 28% - mal estar o tempo todo
- 24% - perda de memória ou confusão mental
- 9% - níveis de glicose no sangue caindo e subindo erraticamente
- 8% - descritos por suas famílias como “não mais a mesma pessoa”
- 5% - mudanças de humor, descritos como de difícil convivência
- 7% - dores, especialmente nas pernas e juntas

Declarações que também apareceram com freqüência nos questionários foram: “eu não sabia que existia insulina animal”, “eu nunca soube que havia outras alternativas” e “eu nunca tinha me dado conta de que a insulina ‘humana’ não era derivada de humanos”.

Para os interessados, há muito o que pesquisar sobre este tema na internet. Mais uma vez é impressionante constatar as nefastas práticas da indústria biotecnólogica e a terrível irresponsabilidade dos órgãos regulamentadores -- a primeira forçando a entrada no mercado de produtos novos, pouco avaliados e cujos efeitos colaterais são verdadeiras incógnitas, e os segundos permitindo que enormes contingentes de pessoas sejam expostos a riscos e mazelas desnecessárias, sequer oferecendo à população a graça da informação.

Pensar nos possíveis riscos das vacinas transgênicas atualmente aplicadas em larga escala em bebês (inclusive recém-nascidos) é aterrorizante. A depender dos órgãos regulamentadores -- que seguem rigorosamente o Princípio da Proteção das Indústrias -- saberemos dos eventuais problemas depois que forem constatados nas vítimas.

Fuente: MST - Brasil

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