Brasil: pedido de solidareidade aos povos indigenas e contra a ARACRUZ

Idioma Portugués
País Brasil

O MST e os movimentos da Via campesina decidimos nos somar a inciativa da campanha capixaba contra o deserto verde, que elaborou um abaixo-assinado em solidareidade aos povos indigenas... para mostrar que a sociedade brasileira está com nossos povos indigenas e contra a exploração do capital internacional, que há tantos anos nos explora

São Paulo, 7 de fevereiro de 2007.

Estimados companheiros e companheiras das Secretarias estaduais e direções de todos os movimentos da via campesina Brasil e de entidades amigas.

Como já devem saber a empresa transnacional ARACRUZ CELULOSE roubou na década de 70, com a cobertura da ditadura militar, cerca de 18 mil hectares dos povos indigenas Tupinikin e Guarani do Espirito Santo. Roubou tambem milhares de hectares e expulsou mais de 8 mil familias de quilombolas, que como não tinham documentos de suas terras, perderam tudo.

Nos ultimos meses se intensifcaram as mobilizações pela demarcação da area indigena, que ja está identificada e documetada pela FUNAI, e que representaria a devolução imediata de 11 mil hectares por parte da empresa.

Toda essa area esta tomada por eucalipto, e a propria fabrica da aracruz esta construida em cima do que foi uma aldeia indigena, com cemitério e tudo.

Pois bem, como a FUNAI ja apresentou todos os laudos comprobatórios, a empresa não tem mais como recorrer e falta apenas uma assinatura do Ministro da Justiça, determinando a medição da área.

Isso tudo esta parado desde setembro na mesa do Ministro, que vem sofrendo todo tipo de pressão da empresa.

Um delas, foi em novembro, quando a empresa determinou que cada funcionário seu (2.500) deveria recolher determinado numero de assinaturas, como se fosse para preservar o emprego, e recolheram 78 mil assinaturas de apoio a empresa transcional e contra os povos indigenas.

Diante disso, o MST e os movimentos da Via campesina decidimos nos somar a inciativa da campanha capixaba contra o deserto verde, que elaborou um abaixo-assinado em solidareidade aos povos indigenas.

E tomamos a decisão de recolher no minimo 100 mil assinaturas, para mostrar que a sociedade brasileira está com nossos povos indigenas e contra a exploração do capital internacional, que há tantos anos nos explora.

Por isso, pedimos que cada movimento, cada entidade, faça um esforço para recolher em todas as atividades possiveis, as assinaturas no formulario anexo.

Aproveitem os colégios, as universidades, etc.

Tambem podemos aproveitar as manifestações do dia 8 de março, que terá como mote a luta das mulheres contra as transnacionais e pela soberania alimentar.

Multipliquem o formulario, e repassem para seus contactos e amigos em seu estado e cidade.

Bem, no final do abaixo assinado esta o endereço da FASE- ES para onde devem ser enviados as listas por correio.

Por favor, veja como podemos ajudar nossos irmãos e ao mesmo tempo derrotar a Aracruz, que é sombolo do agronegocio no pais, exporta tutdo o que produz, para fazer embalagens no primeiro mundo, fica com os lucros e deixa a miséeria e a degradação do meio ambiente para nós. Os proprietários dessa empresa são o Banco Safra, que atraiu investidores estrangeiros, o grupo noruegues Loretzen, o grupo Votorantim, e o BNDES

saudações

Joao Pedro Stedile
Pela secretaria nacional do MST da Via campesina Brasil

Em defesa dos indígenas, quilombolas e camponeses no Espírito Santo!

Nós abaixo-assinadas(os) declaramos apoio à demarcação das terras indígenas Tupinikim/Guarani e das terras quilombolas, invadidas pela Aracruz Celulose S/A, à reforma agrária, à agricultura camponesa e à preservação do meio ambiente no Espírito Santo. Rejeitamos o modelo de desenvolvimento de grandes projetos industriais e do agronegócio, predatório e excludente, conduzido por grupos empresariais nacionais e estrangeiros e sustentado pelo Estado.

Queremos uma sociedade que respeite as culturas indígenas, quilombolas e camponesas e um Estado que repare os direitos específicos destas comunidades para que sejamos uma nação justa, igualitária e que priorize outros projetos de desenvolvimento possíveis.

Repudiamos a campanha difamatória e racista que a empresa Aracruz Celulose e seus apoiadores – sobretudo empresas e a mídia – têm realizado contra as comunidades indígenas.

Vitória(ES), 14 de novembro de 2006

NOME / RG ou CPF / MUNICÍPIO / UF

Enviar até 15 de março de 2007 para:
FASE/ES – Tel.: (27) 3322-6330
Rua Graciano Neves, 377/2º. Pav. - Centro - 29015-330 – Vitória – ES

Comentarios

22/02/2007
Aracruz , por Liberal com Responsabilidade
Ridiculo rejeitar-se o modelo é fácil. Não vi nenhuma proposta de outro modelo viável. As Terras já se foram... São eucaliptos agora. Porque querem dar a mesma terra ? Não seria melhor oeferecer como reserva algum parque Nacional com vegetação nativa ?