Brasil: agricultor é processado por denunciar destruição ambiental

Audiência acontece amanhã em Alta Floresta D’oeste

O grupo, do qual faz parte o Governador do estado, controla a produção de energia em Pequenas Centrais Elétricas/PCH's no estado e está devastando imensas áreas de mata onde vivem dezenas de tribos.

De acordo com Ademar, a construção de seis barragens pelo Grupo causou sérios danos ambientais e sociais. “Os prejuízos ambientais e a expulsão de pessoas devido às construções das barragens são atos cometidos pelo Grupo que só visa o lucro econômico”, desabafa. O Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) também já denunciou as atrocidades realizadas pelo Grupo. “Há 22 anos as barragens estão na região e já atingem nove aldeias indígenas. Não admitiremos julgamentos e muito menos prisões políticas de líderes que querem a dignidade e a vida do povo. Esta é a conduta desse tipo de empresas, mas os movimentos sociais estão unidos para combater essa prática”, conta Wesley Ferreira Lopes, da coordenação do MAB na região.

Os indígenas dizem que as barragens estão acabando com o peixe e com o meio de transporte das comunidades. "A barragem é uma desgraça e não nos serve, na verdade nós só somos prejudicados com as PCHs, pois nem energia nós temos", afirma Samuel Papatupari que continua: "Nós não vamos aceitar que se construam mais barragens, pois só trazem morte para nossas comunidades. Pra nós, os nossos rios são as nossas estradas e além de tudo, as barragens são construídas para gerar energia para as grande empresas do alumínio e da celulose".

Em solidariedade ao companheiro Ademar e aos atingidos, o MPA e o MAB solicitam a colaboração da sociedade para o envio de fax (69-3641 2239) ou e-mails ( rb.vog.or.jt@ziujwfa) para a Juíza Márcia Regina Gomes Serafim. A audiência com a juíza está marcada para a amanhã (6), em Alta Floresta D’oeste.

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