Brasil: MST realiza ocupações e exige Reforma Agrária no RS

Idioma Portugués
País Brasil

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) iniciou nesta quarta-feira (11/04) uma série de ocupações no Rio Grande do Sul, para exigir o assentamento imediato das 2.500 famílias que vivem em acampamentos de beira de estrada. De início, o movimento cobra as desapropriações das fazendas Southall e Guerra

As mobilizações fazem parte de uma jornada nacional de luta por Reforma Agrária do MST. No total, cerca de 2,5 mil trabalhadores ocupam três latifúndios no Rio Grande do Sul e realizam uma marcha em São Gabriel.

Em Coqueiros do Sul, o MST voltou a ocupar a Fazenda Guerra, latifúndio nove mil hectares. Cerca de 800 trabalhadores participam da ocupação. Os Sem Terra também estão no município de Pedro Osório, ocupando uma fazenda de 2.025 hectares. A Estância Pântano é um dos tantos latifúndios na região Sul do Estado. Participam cerca de 500 trabalhadores sem terra.

Na região metropolitana de Porto Alegre, cerca de 800 pessoas ocupam uma fazenda em Nova Santa Rita, às margens da BR 386. Conhecida como Granja Nenê, a área de 1,5 mil hectares é toda a arrendada. Em São Gabriel, cerca de 400 pessoas marcham até o centro da cidade, para defender a desapropriação da Fazenda Southall, uma área de 13.222 hectares com vários crimes ambientais verificados.

Reivindicações

No final de março, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) divulgou o laudo de vistoria realizada na Fazenda Southall. O Incra verificou a prática de uma série de crimes ambientais, como a destruição de 75% da Área de Proteção Permanente da fazenda. O fazendeiro já havia sido notificado sobre isso em 2001, mas não tomou nenhuma providência.

Já a Fazenda Guerra possui nove mil hectares e sua desapropriação é uma reivindicação de toda a região Norte do Estado. No ano passado, 22 prefeitos da região assinaram um documento pedindo a transformação do latifúndio em um assentamento da Reforma Agrária. Juntas, as fazenda Southall e Guerra podem ser destinadas para mais de mil famílias de trabalhadores rurais, o que pode gerar, pelo menos, cinco mil empregos diretos.

O MST pressiona o Governo Federal para acelerar o processo de assentamentos no Rio Grande do Sul. Nos quatro anos do Governo Lula, apenas 744 famílias foram assentadas no Estado.

Os Sem Terra também cobram uma política de Reforma Agrária do Governo do Estado, que fechou o Gabinete da Reforma Agrária, mesmo que o Estado tenha mais de 30 projetos de assentamento criados.

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