Brasil: MST na Jornada unificada de 23 de maio

Idioma Portugués
País Brasil

Por reforma agrária e contra o agronegocio; contra política econômica neoliberal; contra reformas liberais da legislação trabalhista e previdência

Leia abaixo os seguintes informes parciais da participação do MST na jornada:Sem Terra fecham três rodovias no Rio de Janeiro
MST bloqueia três estradas em Sergipe
Sem Terra trancam 12 rodovias federais em Pernambuco
Trabalhadores protestam em estradas em São Paulo.

Sem Terra fecham três rodovias no Rio de Janeiro

Trabalhadores rurais do MST fecharam três rodovias federais no interior do Rio de Janeiro. Os trancamentos aconteceram a partir de 9h30 em Barra do Piraí, Cardoso Moreira (região sul) e Campos dos Goytacazes "norte fluminense).

O protestos são parte da Jornada Nacional de lutas por “nenhum direito a menos" para os trabalhadores no estado, na manhã de hoje e contra a política econômica do governo Lula e contra as reformas que retiram direitos conquistados.

No Sul, o bloqueio acontece na BR 393, na altura de Dorândia, em Barra do Piraí. Cerca de 100 trabalhadores rurais fecharam o tráfego da via e distribuíram panfletos para dialogar com os motoristas e passageiros. A ação também quer evitar a privatização da rodovia.

No Norte, duas barreiras impedem o tráfego na BR 101, na altura de Cardoso Moreira, e na BR 356, na altura de Morro do Coco.

A partir das 13 horas, os trabalhadores se reúnem no centro do Rio de Janeiro para um grande ato. A ação coordenada em todo o país envolve movimentos sociais, sindicatos e entidades da sociedade civil que estarão mobilizadas ao longo de todo o dia para protestar contra a política econômica e por Reforma Agrária.
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MST bloqueia três estradas em Sergipe

Dentro das atividades da jornada de lutas unificada contra a política econômica, o MST mobilizou 5.000 camponeses para fechar três rodovias nesta manhã em Sergipe.

Cerca de 1500 trabalhadores rurais fecharam a BR-101 (a 85 km da capital). Na região metropolitana de Aracaju, 500 Sem Terra bloquearam uma estrada estadual. Na região do Alto Sertão sergipano, 2500 camponeses trancaram via estadual.

“A jornada é resultado da articulação das entidades da classe trabalhadora para denunciar o modelo econômico do governo, que aprofunda as desigualdades, a concentração de riqueza e a pobreza”, afirma o integrante da direção nacional do MST, Gileno Damasceno Silva.

As mobilizações do conjunto de entidades acontecem em todo o país com o objetivo de denunciar os problemas do povo brasileiro e colocar na pauta nacional a mudança da política econômica, para criar condições para a criação de empregos, valorização do salário mínimo, ampliação da educação e Reforma Agrária.

Em Aracaju, os movimentos sociais, as entidades sindicais, ligados à Conlutas e CUT, e estudantes fazem ato com mais de 1000 pessoas. “A articulação das organizações em Sergipe tem sido bastante interessante para aprofundar a reflexão e integração, apontando para manifestações conjuntas no 2º semestre”, acredita o dirigente.

Sem Terra trancam 12 rodovias federais em Pernambuco

Mais de 2.000 trabalhadores rurais do MST fazem protesto em 12 rodovias federais em Pernambuco, na manhã desta quarta-feira, dia 23. Eles protestam por mudanças na política econômica, contra as reformas neoliberais da legislação trabalhista e previdenciária e em defesa de uma reforma agrária anti-latifundiária. A ação faz parte de uma Jornada Nacional unificada com diversas outras entidades sindicais e estudantis e movimentos populares.

A ação, que tem como objetivo o bloqueio da produção e do fluxo de capital, pretende fazer frente ao avanço das empresas sobre os direitos sociais dos trabalhadores, previstos na Constituição de 1988. Além de denunciar a falta de políticas públicas universais dentro do modelo econômico vigente.

As rodovias bloqueadas até agora em Pernambuco são BR 408 (município de São Lourenço da Mata), BR 316 (município de Petrolândia), BR 110 (município de Ibimirim), BR 232 (município de Gravatá), BR 101 Sul (município de Escada), BR 232 (município de Pesqueira) e BR 104 (município de Caruaru), BR 101, BR 232, BR 428, BR 423

A Jornada de Luta está sendo organizada por movimentos sociais do campo e da cidade em todo o país, que assinaram convocatória conjunta.

No período da tarde, os movimentos do campo e da cidade se unem em um grande ato em Recife. A concentração começa às 16 horas, na Praça Osvaldo Cruz. Depois, as pessoas seguem em marcha até até a Praça do Carmo.

Trabalhadores protestam em estradas em São Paulo

Os trabalhadores rurais do MST participam de protestos organizados por diversas entidades e movimentos sociais em quatro grandes regiões do estado de São Paulo, na manhã de hoje, 23. Houve fechamento de rodovias em Campinas e em Santos. No Vale do Paraíba, trabalhadores da GM, Phillips, Embraer e Petrobras fazem paralisação e em Mauá, na grande SP, houve panfletagem em fábricas pela manhã.

Em Campinas, os trabalhadores do campo e da cidade interromperam as rodovias Campinas-Monte Mor e Campinas-Paulínia pela manhã. Logo depois, fecharam um trecho da rodovia Anhanguera, no km 330. As fábricas da Honda, Replan e Toyota estão paralisadas e integraram os protestos. No centro da cidade, os estudantes fazem um ato.

A tropa de choque acompanha os manifestantes que neste momento, marcham até o centro da cidade. Além do MST, participam da mobilização o Sindicato dos Metalúrgicos, estudantes e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil.

No Vale do Paraíba, GM, Phillips e Embraer pararam pela manhã. Todos os setores da Petrobrás permanecem paralisados. Os trabalhadores estão neste momento na via Dutra, altura do km 137, interrompendo um lado da rodovia.

Em Santos, as mobilizações contam com o MST, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Sindicato dos Petroleiros e Sindicato dos Bancários. Pela manhã, o entroncamento das rodovias Anchieta e Imigrantes foi fechado, bloqueando o acesso ao pólo industrial e ao porto.

O acesso ao pólo petroquímico, na rodovia Piaçaguera-Guarujá, também foi trancado. Por volta das 9h30, os trabalhadores que estavam na Anchieta saíram da rodovia depois que a Polícia Militar se recusou a negociar a permanência dos manifestantes no local, ameaçando o grupo com bombas de gás.

Em Mauá, na grande SP, houve panfletagem em fábricas pela manhã. Neste momento, os trabalhadores distribuem manifestos em escolas, postos de saúde e estações de trem.

Em São Bernardo do Campo e em Sertãozinho, aconteceu ato público em frente a agência do INSS. Em Ribeirão Preto, a Universidade de São Paulo está parada. Em Franca, houve manifestação de trabalhadores.

As ações fazem parte da Jornada Nacional unificada por mudanças na política econômica, contra as reformas liberais da legislação trabalhista e previdenciária e em defesa de uma reforma agrária anti-latifundiária.

As mobilizações do conjunto de entidades acontecem em todo o país com o objetivo de denunciar os problemas do povo brasileiro e colocar na pauta a mudança da política econômica, emprego, valorização do salário mínimo, educação e Reforma Agrária.

Assessoria de Imprensa do MST
Igor Felippe Santos
Tel/fax: (11) 3361-3866
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