Brasil: Agricultura no Rio de Janeiro existe, resiste e alimenta!

Por MPA
Idioma Portugués
País Brasil

Programação prevê 4 rotas e um Seminário Estadual. Encerramento contará com um almoço agroecológico em Casimiro de Abreu, no sábado (28). Esta actividade irá desenvolver no Colégio Estadual de Casimiro de Abreu – Praça Felíciano Sodré, 286 - Centro, Casimiro de Abreu/RJ.

Reunindo os quatro estados do Sudeste, a terceira Caravana Agroecológica e Cultural do Projeto Comboio Sudeste acontece entre os dias 24 a 28 de novembro no Rio de Janeiro. O projeto regional tem como objetivo fortalecer a articulação para transição agroecológica na região Sudeste do país, através da organização de uma Rede de Núcleos de Estudo em Agroecologia e Produção Orgânica (R-NEA). Os núcleos se propõem a qualificar e ampliar as iniciativas agroecológica já existentes na Região Sudeste.

A Caravana Agroecológica e Cultural do Rio de Janeiro “Existe Agricultura no Rio de Janeiro: Existe, Resiste e Alimenta!” acontece em Casimiro de Abreu e é uma realização da Rede de Núcleos de Agroecologia da Região Sudeste, do Núcleo Interdisciplinar de Agroecologia (NIA/UFRRJ) e da Articulação Estadual de Agroecologia do Rio de Janeiro (ARRJ) e sua rede de parceiros regionais.

Ao escolher como tema central “Existe Agricultura no Rio de Janeiro!”, a Caravana RJ se desafia a traçar olhares sobre todo o estado e a investigar os desafios e potencialidades da agroecologia vivenciados em diferentes contextos de vida e de produção no último período. Apesar dos avanços na conquista de algumas políticas e programas, o estado do Rio de Janeiro permanece com baixos investimentos no campo da agricultura familiar, com invisibilização e ameaça às suas práticas agrícolas tradicionais. Camponeses e camponesas do estado assistem a diversos e intensos impactos e violações de seus direitos.

Nos dois primeiros dias da Caravana, os participantes estarão divididos em grupos que percorrerão as experiências de resistência da Costa Verde, do Norte Fluminense e da Região Serrana do Rio. E, entre os dias 26 e 28, os cerca de 200 participantes da Caravana chegam a Casimiro de Abreu para a realização de diversas atividades que só foram possíveis pelo trabalho intenso de muitos parceiros locais. Já no dia 27 pela manhã, constroem espaços de partilha de saberes e de percepções sobre os desafios e as resistências observadas nos territórios, através das Instalações Pedagógicas. No período da tarde, um Seminário Estadual convida a todas e todos a debaterem a agroecologia no Rio de Janeiro: Onde existe? Ao que resiste? E como alimenta?

Reforçando a dimensão cultural como um princípio que permeia todas as suas atividades, a Caravana celebra a sua diversidade com música e poesia. Apresentações culturais de grupos locais e regionais acontecem também no dia 27, sexta, a partir das 21 horas no palco da Praça Feliciano Sodré no centro da cidade. No sábado (28), um grande ato público celebra a agricultura familiar e agroecológica do Rio de Janeiro trazendo para a praça um colorido e diversificado Almoço Agroecológico. À mesa, comida de verdade, cultivada e produzida por agricultores/as de Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Rio das Ostras, Nova Friburgo, Teresópolis, Campos dos Goytacazes e demais municípios do estado.

Durante a caravana, uma rota específica ainda percorre oito municípios que ficam às margens do Rio Doce. O impacto do crime ambiental da Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billiton, também será um dos temas do Seminário Estadual que acontece sexta, no dia 27. Por onde as Caravanas Agroecológicas passam torna-se muito mais difícil a negação da realidade dos/as agricultores/as familiares, dos/as pescadoras/es artesanais e tantas outras comunidades tradicionais. Venha escutar nossas denúncias e os anúncios sobre os caminhos que os/as agricultores/as têm trilhado em suas trajetórias de resistência.

Fonte e foto: Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA -

Temas: Agroecología

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