MST: história, objetivos e importância para a reforma agrária

Em janeiro de 1984, em Cascavel (PR), pouco menos de 100 pessoas participavam do encontro que fundaria o maior movimento popular camponês do país e um dos maiores da América Latina: o MST. 4 décadas depois, o movimento está organizado em 24 estados, espalhados por todas as regiões do país. 

No seu 1° Congresso Nacional, em 1985, os sem-terra decidiram atuar sob os lemas “terra para quem nela trabalha” e “ocupação é a única solução”. 5 meses depois, 2.500 famílias participaram de 12 ocupações de latifúndios improdutivos em Santa Catarina. Em sequência, o movimento enfrentaria a sua década mais sangrenta, mas também aquela em que se tornaria conhecido pelo Brasil. Em 17 de abril de 1996, acontecia o massacre de Eldorado do Carajás, que deixou 21 camponeses assassinados e 79 feridos e fez com que a data se tornasse o dia mundial de luta pela terra.

A violência no campo seguiu presente ao longo dos 41 anos do MST. Em janeiro de 2025, famílias de agricultores do Assentamento Olga Benario, em Tremembé (SP), sofreram um atentado que deixou 2 mortos e 6 feridos. Segundo os moradores, criminosos invadiram o local e dispararam indiscriminadamente contra as pessoas.

Apesar da violência no campo e da reforma agrária “absolutamente parada nesses 2 anos [de governo Lula]”, segundo o líder do movimento João Pedro Stedile, o movimento segue na luta. Mas será que sua atuação ainda faz sentido para os dias atuais?

Fonte: Brasil de Fato

Temas: Movimientos campesinos

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