A luta pelo reconhecimento de terras, territórios e sementes tradicionais no Brasil
Em agosto do ano passado o ACB reuniu em Zanzibar, Tanzânia, lideranças, técnicos, pesquisadores e representantes de governos vindos de XX países para trocar experiências sobre os sistemas locais de sementes que fortalecem os direitos dos agricultores ao livre uso da agrobiodiversidade. Uma pequena delegação brasileira levou para esse encontro suas experiências sobre sementes crioulas, desde os bancos de sementes até a incidência sobre a política pública e trouxe de lá outras inspirações para seguir cuidando e multiplicando as sementes e preservando sua diversidade.
Parte desse intercâmbio está registrada no vídeo que agora temos o prazer de compartilhar com vocês. O vídeo começa com um depoimento que resgata as raízes históricas e culturais profundas que unem Brasil e África. Parte dessa história é contada a partir das sementes que viajaram com os povos negros escravizados e que semearam a resistência em um mundo colonial que até hoje persiste. Essa resistência trata justamente da origem dos quilombos, como o recém-despejado, que simboliza a luta permanente dos povos pela terra, pelos territórios, por suas sementes e seus modos de vida.
Esperamos que esse vídeo contribua para fortalecer as ações em defesa das sementes e os laços de solidariedade que unem nossos países e continentes.
– Wanessa Marinho e Gabriel Fernandes
Clique aqui para ler o relatório da reunião de Zanzibar
Fonte: Em Pratos Limpos