O Conhecimento como Bem Comum: em defesa da Universidade
Temos uma ciência social que assimila os pressupostos de uma sociedade que se funda no paradigma da dominação da natureza que, para isso, separou os povos (as etnias, as comunidades, as nacionalidades, os camponeses e outros grupos sociais) da terra. O mito da dominação da natureza só tem sentido se os homens e mulheres (a espécie humana) não fazem (não faz) parte da natureza, pois se são (é) parte da natureza quem vai dominar o dominador? No entanto, sabemos, a ciência social imperante é antropocêntrica, mais precisamente androcêntrica ou falocrática, pois ao separar os homens/as mulheres da natureza estabeleceu o primado da espécie humana sobre a natureza, uma relação onde a natureza é um recurso para servir (serva) ao Homem (menos às mulheres).
Separada a natureza da sociedade ou, mais precisamente, separada a natureza dos grupos sociais que historicamente se constituíram numa relação íntima e direta com ela, passa a imperar uma relação instrumental daqueles que a usam para fins outros que não são necessariamente para a reprodução da vida.
Por Carlos Walter Porto-Gonçalves
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