Brasil: Atlas do Agronegócio
2018. A concentração no mercado de alimentos é tema de um dos 22 capítulos do “Atlas do Agronegócio” O documento revela os bastidores da atuação do lobby agroalimentar e denuncia como a concentração de empresas deste segmento influencia o consumidor até na escolha final do produto.”
Fatos e números sobre as corporações que controlam o que comemos
A concentração no mercado de alimentos é tema de um dos 22 capítulos do “Atlas do Agronegócio”, um documento que terá, pela primeira vez, uma edição brasileira. O relatório será lançado nesta terça-feira no Rio de Janeiro, com um debate mediado por Gregorio Duvivier com participação de Bela Gil.
Pior, a concentração deverá se agravar nos próximos anos.
“Não tem como escapar dela, porque falta regulação no mercado. Ainda que exista o Cade [Conselho Administrativo de Direito Econômico, órgão do governo federal responsável por julgar grandes fusões e impor medidas que em tese preservam alguma concorrência], veja o caso da fusão entre [as gigantes do agrotóxico] Bayer e Monsanto. A nova empresa foi forçada a vender algumas marcas para ter o negócio aprovado, mas quem comprou foi outra grande, a Basf”, lembrou Santos.
Outro ponto a considerar: apesar de metade dele ser dominado por apenas 50 empresas, o mercado de alimentos industrializados é relativamente pouco concentrado em comparação a outros, como o dos agrotóxicos ou de produto de higiene pessoal – desodorantes, por exemplo. Quer você escolha Axe, Rexona ou Dove, estará levando pra casa um produto da Unilever. Não à toa, lembra o Atlas, a companhia declara, em materiais de divulgação, “estar presente em cem por cento dos lares brasileiros”.
Autoría: Alceu Luís Castilho et. al.
Publicação conjunta da Fundação Heinrich Böll e da Fundação Rosa Luxemburgo
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