Transgênico dos EUA perde espaço para soja brasileira

A Comissão Européia reagiu fortemente à decisão dos Estados Unidos de pedir consultas no âmbito da Organização Mundial de Comércio (OMC) contra a política comunitária de autorização para os transgênicos. Bruxelas sustenta que os agricultores norte-americanos não arcam com os prejuízos de algumas variedades de produtos geneticamente modificados

Bruxelas ? Prova disto é a soja importada do Brasil e da Argentina, cada vez mais vendida no mercado europeu, apesar da concorrência americana. Já o Greenpeace Europa diz que a soja brasileira poderá ser a resposta comunitária nesta briga, porque é a única sem transgenia, entre os exemplos citados pela Comissão.

No exemplo da soja, o comissário europeu de comércio, Pascal Lamy, demonstra que os EUA cultivam apenas uma variedade de soja e essa variedade tem importação, não produção, autorizada na Europa. Mesmo assim, está perdendo mercado para concorrentes como Brasil e Argentina. Em 2001, a UE comprou 6,5 milhões de toneladas de soja americana, contra 9,7 milhões da brasileira e 670 mil toneladas da Argentina.

Eric Gall, conselheiro político do Greenpeace Europa, afirma que a soja importada hoje é para alimento animal e, em breve, a UE aumentará as exigências para a rastreabilidade de produtos agropecuários. As regras comunitárias atuais cobrem apenas os produtos industrializados, como óleo de soja, cujos rótulos devem indicar o limite máximo de 1% de componentes com transgênicos.

Agrolink, Internet, 15-5-03

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