OGM não reduz fome no Brasil

Idioma Portugués
País Brasil

O plantio e a comercialização de organismos geneticamente modificados não solucionou o problema de desigualdades sociais

A conclusão - com base em documento emitido pela FAO em 2004 - é do gerente de Recursos Genéticos do Ministério do Meio Ambiente, Rubens Onofre Nodari, ontem durante o seminário ´Há interesse social na transgenia em alimentos?´, evento que integra a Semana da Alimentação 2005 encerrado à tarde na AL. ´A liberação dos OGMs não resolveu o problema da fome, o acesso a políticas públicas e os problemas de saúde não diminuíram.´ Integrante da Escola Nacional de Ciência Estatística do IBGE/RJ, Lavínia Pessanha focou sua participação no debate do potencial sócio-econômico da tecnologia Roundup Ready (RR) sobre a soberania alimentar. ´É a única situação concreta por enquanto. Trata-se de uma questão de política pública. Temos de ter postura de Estado quanto à cobrança de royalties, o estabelecimento de critérios para indenizações por uso não autorizado e taxa tecnológica.´ Na sua avaliação, as grandes e as multiplicadoras vêm obtendo vitórias nas cobranças extra-jurídicas, ´os produtores, nesse processo, só têm o papel de pagar´. Lavínia recomenda um zoneamento agroclimático para soja transgênica, fortalecimento da rotulagem e fiscalização de indústrias. (Enviado por ANBio)

Correio do Povo, Brasil, 27-10-05

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