Marcha massiva em Durban exige Justiça Climática no mundo
Uma colorida manifestação percorreu neste sábado (3) o centro de Durban, na África Sul. O ato público foi realizado durante 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-17), que vai até o dia 9 de dezembro
Foram várias reivindicações direcionadas aos governantes presentes na Conferência. As primeiras fileiras da manifestação foram ocupadas por organizações e sindicatos locais, os principais animadores de um ato pacífico em que não faltaram cantos e danças.
Foi possível escutar as exigências a respeito dos direitos dos povos indígenas nas soluções propostas sobre mudanças climáticas. Em outro momento, houve um chamado aos países mais ricos para assumirem obrigações viculadas à emissões de efeito estufa.
A Via Campesina demandou “uma reforma agrária para a soberania alimentar e o desenvolvimento de um modelo agroecológico para esfriar o planeta”. Em cartazes, o Greenpeace exigiu que os governantes “escutem o povo e não os contaminadores”.
Já a WWF pediu para que se “reduzam as emissões em 80% até 2050”. A organização ambiental levou cartazes onde se lia: “Fundo Verde: mostrem o dinheiro”. A mensagem se refere à incerteza sobre as contribuições ao fundo voltado para países pobres no enfrentamento às mudanças climáticas.
O ato público foi encerrado em frente à sede da COP-17. Durante a marcha, falaram representantes do setor sindical, dos movimentos de mulheres, de jovens, de povos originários, entre outras organizações sociais. Também chegaram ao local a secretária excutiva da COP 17, Christiana Figueres, e a ministra de Relações Exteriores da África do Sul, Maite Nkoana-Mashabane.
As anfitriãs do evento oficial garantiram que estão trabalhando para facilitar os acordos entre os países que participam da Conferência em Durban. Após a primeira semana de negociações na África do Sul, parece incerta a possibilidade de acordo para um segundo período do Protocolo de Kyoto.