IBGE: concentração de terras no Brasil ainda é imensa
Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística (IBGE), com dados de 2006 sobre o meio rural brasileiro, mostrou que a divisão de terras no país continua altamente injusta
Segundo o instituto, a concentração de terras não diminuiu nos últimos 20 anos. Areas com mais de mil hectares ocupam 43% da área total; áreas com menos de 10 hectares ocupam 2,7% do total.
Na prática, isso significa que os latifúndios exportadores de soja, café, cana-de-açúcar, eucalipto, suco de laranja e carne são ainda os grandes privilegiados.
As famílias de agricultores que plantam alimentos para abastecimento do mercado interno, ou seja, que alimentam a população, seguem na condição de marginais do campo.
A atividade mais comum encontrada no censo foi a criação de gado bovino, que estava presente em 30% dos mais de 5 milhões de propriedades rurais.
Este é mais um dado que revela como o latifúndio está voltado para a exportação e o lucro em larga escala. Isso porque as necessidades de carne bovina, aves, ovos e suínos são ao menos 50% garantidas pela agricultura familiar.
Não obstante, os orçamentos federais de auxílio à agricultura ainda privilegiam desproporcionalmente o segmento da agroindústria de exportação. Potanto, favorecem a manutenção da concentração.