Greenpeace pede que UE proíba transgênico dos EUA
O Greenpeace pediu que à UE detenha as autorizações de OGM e que as empresas que queiram vendê-los na Europa forneçam dados sobre como detectar outras sementes transgênicas em seus produtos
O Greenpeace pediu nesta terça-feira (12) que a UE - União Européia proíba a importação de todos os organismos geneticamente modificados (OGMs) para alimentos, rações e sementes procedentes dos Estados Unidos, alegando "falta de segurança" para evitar a entrada de transgênicos ilegais.
A organização solicitou essa proibição à Comissão Européia, braço executivo da UE, "até que as autoridades da UE analisem as importações" para comprovar se há OGM ilegais e enquanto o governo dos EUA desenvolve um controle seguro dos transgênicos que envia à Europa.
O Greenpeace pediu que à UE detenha as autorizações de OGM e que as empresas que queiram vendê-los na Europa forneçam dados sobre como detectar outras sementes transgênicas em seus produtos. A organização se referiu, desta forma, à entrada do milho bt10, ilegal na Espanha e na França, procedente dos EUA e comercializado pela suíça Syngenta.
"Precisamos ter certeza de que não chegam à cadeia alimentar plantas OGM que não são permitidas na Europa e cujos efeitos na saúde ou no meio ambiente não foram comprovados", afirma o especialista em engenharia genética do Greenpeace Christoph Then. "Não temos essas garantias porque a CE e os países membros não estão equipados para identificar esses OGM."
A organização acrescentou que a presença do milho bt10 e de outros transgênicos não autorizados, como o milho Starlink foi descoberta por acaso. "Não se pode confiar nos controles da indústria ou os dos EUA. Por isso a Comissão Européia necessita iniciar agora medidas a longo prazo", afirma o Greenpeace.
O comissário europeu de Saúde, Markos Kyprianou, deve apresentar ainda nesta terça-feira ao Colégio de Comissários da UE, em Estrasburgo (França) os problemas causados pela entrada de mil toneladas do milho bt10 na UE. (Estadão Online)
Ambiente Brasil, Internet, 12-4-05
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