Cultivo de soja avança no Amazonas


Prensa


A Critica (Manaus) - 1-marco-2001
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Cultivo de soja avança no Amazonas

BRASÍLIA (SUCURSAL) - Em um ano, o plantio de soja passou de zero para 15 mil hectares no sul do Amazonas e a cultura está se transformando num grande boom econômico dos estados de Rondônia, Amazonas e Roraima, regiões que formam a Fronteira Agrícola Noroeste do país.
Isto é o que constata ampla reportagem < http://www2.correioweb.com.br/cw/2001-02-27/mat_28859.htm> publicada esta semana pelo jornal Correio Braziliense, o de maior circulação da capital federal, sobre o avanço considerável da soja na região Norte do país, que vem sendo impulsionada pelo transporte fácil e barato da hidrovia Madeira-Amazonas, por onde o produto está sendo exportado principalmente para a Holanda.

Até a soja plantada no município amazonense de Humaitá, que em um ano apenas passou a cultivar 15 mil hectares com o produto, está sendo exportada pela hidrovia Madeira-Amazonas, que tem como base os portos de Porto Velho e Itacoatiara, de onde os navios seguem pelo rio Amazonas em direção aos portos da Holanda.

O avanço da soja dentro do território amazonense, segundo a reportagem, vem sendo impulsionado pelo expressivo aumento do plantio no vizinho estado de Rondônia, que deve exportar 50 mil toneladas de grão este ano, passando para 140 mil toneladas em 2002, venda 10 vezes maior do que a primeira exportação feita há apenas dois anos, que foi de 14 mil toneladas.

Segundo a matéria, o grupo André Maggi, que administra a hidrovia através da Hermasa Navegação da Amazônia S/A, está de olho em 15 milhões de hectares de terras favoráveis ao plantio de soja nos estados de Rondônia, Roraima e sul do Amazonas, uma área maior do que a do estado do Amapá, denominada Fronteira Agrícola Noroeste.

Com relação à soja, os números relacionados à hidrovia Madeira-Amazonas, que têm 1.115 km navegáveis ao longo dos rios Madeira e Amazonas, impressionam de fato. Quando a hidrovia começou a funcionar, em 1997, passaram por Porto Velho 320 mil toneladas de soja. No ano passado, a exportação subiu para 907 mil toneladas, proveniente em sua maior parte da

soja produzida em Mato Grosso, estado que também faz parte da fronteira Agrícola Noroeste.

Citado na reportagem, o pesquisador Elói Elias do Prado, da Embrapa de Vilhena (RO), assinala que a implantação da hidrovia Madeira-Amazonas foi fundamental para o avanço da soja, pois barateou em muito os cursos do transporte na região. Segundo os cálculos do pesquisador, o custo de transporte entre Vilhena e os portos de Santos (SP) ou Paranaguá (PR) consumiam 70% dos lucros dos produtores. Hoje, com a hidrovia, os custos com transporte representam apenas 10% dos lucros.
Información remitida por David Hathaway, rb.moc.sysinu@yawahtah 
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