Brasil: transgênicos pressionam, mas Paraná resiste
O Porto de Paranaguá (PR) atende, ao lado do Porto de Santos (SP), às maiores demandas de exportação da soja brasileira
O Paraná conseguiu posição de destaque no mercado nacional e internacional ao proibir a comercialização da soja transgênica. No entanto, uma liminar recente do Tribunal Regional Federal (TRF), em Porto Alegre, libera a exportação da versão geneticamente modificada do grão através do porto paranaense.
O governador do estado, Roberto Requião (PMDB), afirmou nesta terça-feira (04) que o Paraná deve apelar ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir o direito de exportar apenas soja tradicional. Segundo Requião, o Paranaguá possui um enorme diferencial de qualidade na restrição que estabeleceu à soja transgênica. Além disso, o governador acredita que o TRF cometeu um crime ao permitir que os dois tipos de soja se misturem.
A Lei de Biossegurança do Brasil determina que grãos geneticamente modificados devem ser identificados e separados dos tradicionais. Segundo o procurador-geral do Estado, Sérgio Botto, pode haver contaminação entre as duas versões do produto, se o embarque de soja transgênica for realmente permitido.