Brasil: seminário sobre Biodiversidade e Sementes Crioulas tem inicio em Goiás
Música, dança e mística marcaram a programação de abertura da Festa, Feira e Seminário sobre Biodiversidade e Sementes Crioulas, que ocorreu hoje (7), pela manhã
Quase mil pessoas, entre camponeses, professores, estudantes e comunidade em geral, lotaram o auditório da Universidade Federal de Goiás, Campus Catalão, para acompanhar a celebração de início das atividades.
Logo em seguida, teve início a primeira mesa do seminário. São quatro os objetivos da atividade: refletir sobre a conjuntura camponesa, promover a formação dos camponeses, fortalecer o trabalho com sementes crioulas e divulgar esse trabalho.
O assessor do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e Via Campesina, Dorival Gonçalves Junior, foi o primeiro debatedor. Ele falou sobre a importância que o capitalismo dá ao campo, por ser um espaço de produção de energia. Dorival Júnior também ressaltou que “a produção capitalista não tem como objeto a satisfação das necessidades, mas gerar lucro com a exploração do trabalhador e isso é o oposto da produção camponesa. Os camponeses produzem alimentos e com os excedentes festejam com toda a comunidade”.
O engenheiro agrônomo Horácio Martins de Carvalho deu continuidade aos debates e falou sobre a realidade camponesa e seus desafios. Para ele, a festa das sementes significa que os camponeses não querem abrir mão de decidir pelo seu futuro. Horário Martins também afirmou que “a terra nesse país deve ser do camponês”. O seminário estende-se até a tarde amanhã (8/7).