Brasil: sem agrotóxico

Idioma Portugués
País Brasil

Na luta pelo meio ambiente e uma alimentação livre de substâncias químicas, a sociedade brasileira atendeu o pedido do documento assinado por 54 entidades e movimentos sociais contra o acordo de importação de agrotóxicos entre os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul)

Diversas mensagens apoiando o manifesto foram destinadas aos correios eletrônicos do Senado, da Câmara dos Deputados, Ministério Público e outros órgãos reguladores do governo.

A importação foi uma exigência dos representantes do agronegócio (ou seja dos grande produtores) após manifestação em Brasília este ano com tratores, que ficou conhecida como "tratoraço". Segundo o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, o Palácio do Planalto já teria autorizado a edição de uma Medida Provisória para liberar a importação desses insumos.

Recentemente, o relator nacional da Plataforma dos Direitos Humanos, Econômicos, Sociais e Culturais (Dhesc Brasil), Flávio Luiz Schieck Valente, criticou a possibilidade de facilitar a comercialização de agroquímicos. Ele disse que a medida vai ampliar o risco de contaminação do meio ambiente e de intoxicação do consumidor e do próprio agricultor, que manipula o produto.

Logo após a negociação entre o governo e os ruralistas para uma flexibilização da entrada de fertilizantes e defensivos no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma nota advertindo para os riscos da entrada de produtos químicos no país que não atendam as normas mínimas exigidas, uma vez que diversos países latinos, como o Uruguai, utilizam agrotóxicos vindos da China, onde o controle de qualidade é muito baixo.

Assinaram o documento entidades como Greenpeace, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Via Campesina, que reúne movimentos sociais de trabalhadores rurais.

ADITAL, Internet, 19-8-05

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