Brasil: pesquisa investiga associação entre agrotóxicos e Parkinson
Estudos em andamento na Universidade Federal da Bahia (UFBA) podem comprovar aumento da quantidade de casos da Doença de Parkinson como consequência direta da exposição contínua a agrotóxicos
A pesquisa está sendo realizada pelo professor de medicina Hyder Aragão de Melo, na linha de investigação sobre Doenças Neurológicas do Envelhecimento. Segundo a pagina Ciência e Cultura, da própria universidade, relatos de pacientes e dados clínicos coletados têm evidenciado um “preocupante aumento dos casos da doença”.
O campo de investigação é a cidade sergipana de Itabainana, que possui cerca de 85 mil habitantes. Na pesquisa, os pacientes são avaliados nas próprias casas ou em postos de saúde onde estão cadastrados.
O professor Hyder enfatiza que a hipótese da pesquisa é que “haja maior numero de parkinsonianos entre aqueles que lidam diretamente com o agrotóxico, enquanto que áreas menos expostas a essas substâncias deverão ter menor incidência”.
A pesquisa investiga se a incidência da Doença de Parkinson em pessoas acima de 60 anos está maior que 3%, taxa estimada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O Parkinson é uma doença degenerativa, tendo como principais sintomas o tremor, a rigidez muscular e a diminuição da velocidade de movimentos.
Também chamam atenção de Hyder os impactos destas substâncias no solo, na água e nos alimentos que chegam à mesa da população. Para o professor, um dos méritos do estudo, no primeiro momento, é debater o problema de saúde pública.