Brasil: pesquisa aponta que empresas não querem ter imagem vinculada aos transgênicos
Para muitas empresas, não é interessante fabricar ou comercializar produtos com organismos geneticamente modificados, os chamados transgênicos
Essa é a conclusão da pesquisa realizada pelas Organizações Não-Governamentais (ONG) Greenpeace e Instituto Ethos, o "Relatório Brasileiro de Mercado: a Indústria de Alimentos e os Transgênicos". O documento, que foi lançado nesta terça-feira (18), mostra que 13 grandes empresas de atuação no mercado brasileiro resolveram adotar política de não comercializar transgênicos. Entre elas, a Batavo e a Caramuru.
Segundo o relatório, as experiências dessas empresas mostram que fabricar ou comercializar produtos livres de transgênicos não é somente viável, como também um negócio lucrativo. Pesquisas anteriores realizadas pelo Greenpeace apontam que o índice de rejeição dos brasileiros aos transgênicos é de 80%. Para atender a esta demanda, as empresas estão rejeitando produtos com organismos geneticamente modificados em suas prateleiras. Além disso, a maioria indústrias estudadas exporta produtos para a Europa, onde há muita restrição legal aos transgênicos e grande parte dos consumidores desaprova esta tecnologia.
Para Marcelo Furtado, que é diretor de campanha contra os transgênicos do Greenpeace, “ainda não existem estudos suficientes para justificar a introdução de organismos geneticamente modificados no meio ambiente”. Além disso, ele acredita que os trangênicos podem representar muitos riscos à biodiversidade.