Brasil: para MST, CPI é instrumento para impedir Reforma Agrária

Idioma Portugués
País Brasil

A CPI protocolada pela senadora Kátia Abreu (DEM- TO) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra é vista pelo movimento como uma reação a prometida revisão dos índices de produtividade de terra no país

José Batista, militante do MST, lembra que está é a terceira CPI instaurada contra o movimento. Ele vê no pedido de investigação uma perseguição por parte de “setores atrasados, responsáveis pela concentração de terra, com a intenção de fugir da necessidade de realizar a reforma agrária no Brasil”.

O MST é acusado pelos ruralistas de ter recebido repasse de recursos de organizações não-governamentais de maneira irregular.

José diz que o movimento não teme as investigações. Ele garante que todos os recursos recebidos pelo MST são devidamente aplicados na área de educação assim como na produção dos assentamentos e sua assistência técnica.

Abaixo-assinado reúne apoios ao MST contra CPI

Mais de 400 pessoas e entidades já assinaram um documento de apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que é ameaçado pela bancada ruralista com uma CPI.

O Manifesto em Defesa da Democracia e do MST é uma forma encontrada pela sociedade para dizer ao Congresso Nacional que a CPI que se tenta fazer para investigar as finanças do movimento é um absurdo.

O documento afirma que a CPI é uma retaliação à promessa obtida pelo movimento, segundo a qual o governo federal vai rever os índices de produtividade agrária.

Diversas personalidades já assinaram o manifesto, como a cantora Beth Carvalho, o bispo Dom Pedro Casaldáliga e o escritor uruguaio Eduardo Galeano.

Púlsar Brasil, Internet, 22-9-09

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