Brasil: multinacionais pressionam por liberação de milho transgênico na CTNBio
As empresas multinacionais de biotecnologia, a estadunidense Monsanto, a alemã Bayer e a suíça Syngenta, aguardam as avaliações da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para obter a liberação de plantio e comercialização para seis variedades de milhos geneticamente modificados (transgênicos)
As três empresas defendem este tipo de cultivo e detêm mais da metade do mercado mundial de sementes.
Atualmente o plantio e a comercialização de milho modificado são proibidos no Brasil, mas os ambientalistas temem que isso sirva como pretexto para uma eventual aprovação do milho transgênico. A soja transgênica, por exemplo, foi liberada para comércio somente neste ano.
De acordo com assessor técnico e agrônomo da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA),Gabriel Bianconi Fernandes, na reprodução do milho, os grãos de pólen se transferem e fecundam o milho de um outro pé, por isto há probabilidade de contaminação dos milhos não-modificados. Já o coordenador-geral da CTNBio, Jairo Nascimento, diz que as dificuldades criadas em torno de qualquer tecnologia se constitui em atraso.Atualmente, mais de 500 processos sobre os transgênicos tramitam na CTNBio.