Brasil: moradores de comunidade lutam para evitar despejo
Moradores de uma comunidade próxima à hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, estão em luta para evitar o despejo forçado de seu local de moradia
A Justiça Federal deu na semana passada um prazo de dez dias para que os moradores da comunidade de Mutum-Paraná saíssem do local.
A decisão foi favorável ao pedido do consórcio de empresas que constrói a hidrelétrica de Jirau. O consórcio se chama Energia Sustentável do Brasil.
O Ministério Público Federal se juntou ao MP de Rondônia para pedir adiamento deste prazo. A alegação é que os moradores estão desprotegidos em seus direitos.
Não há qualquer sinalização de até onde a região de Mutum-Paraná será alagada pela hidrelétrica. O valor das indenizações foi considerado baixo demais pelas famílias.
Também se fala que entre os moradores pode haver alguns com direito à posse definitiva do terreno, por ter mais tempo de residência. Nesse caso as indenizações teriam que ser maiores.
Os movimentos sociais do norte do Brasil estão hoje numa grande luta contra as hidrelétricas por causa deste tipo de situação.
O alagamento de grandes áreas de mata e de cidades pequenas joga muita gente na incerteza de não saber onde vai morar.