Brasil: mapa geológico do Amazonas é lançado em Manaus

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País Brasil

Um mapa das riquezas minerais do Amazonas foi lançado nesta terça-feira (30). O secretário-executivo do GTA - Grupo de Trabalho Amazônico, uma rede que reúne cerca de 600 organizações não governamentais e movimentos sociais da região, Adilson Vieira, teme a vinda de novos projetos minerais para a região

Um mapa das riquezas minerais do Amazonas foi lançado nesta terça-feira (30), no Dia do Geólogo. Financiado pela Ciama - Companhia de Desenvolvimento do Estado do Amazonas, o levantamento teve o apoio dos profissionais do Serviço Geológico do Brasil (antiga Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais, ainda conhecido pela sigla de CPRM).

O superintendente regional da CPRM, Daniel Lavras, explicou que o mapa é uma atualização das informações contidas no mapa geológico nacional, publicado em 2002.

"Nós usamos a mesma escala, de um para 1 milhão. Isso significa que temos informação a cada dez quilômetros", disse Lavras.

O mapa mostra tanto ocorrências de minerais, quanto jazidas e minas. As primeiras são registros (já comprovados em campo) do bem mineral em determinada área. "Após detalhamento da pesquisa, quando se comprova que aquele mineral tem potencial econômico, usamos o termo jazida", detalhou o superintendente.

"Quando a empresa inicia a extração, a jazida vira mina."

De acordo com Lavras, o mapa geológico do Amazonas permite discutir logística de produção. Apresenta o relevo da região e a infra-estrutura de transportes. Seria, portanto, uma ferramenta de planejamento estratégico para atrair investimento e transformar a "geodiversidade em uma aliada da bio e da etnodiversidade".

O secretário-executivo do GTA - Grupo de Trabalho Amazônico, uma rede que reúne cerca de 600 organizações não governamentais e movimentos sociais da região, Adilson Vieira, teme a vinda de novos projetos minerais para a região.

"Em geral as comunidades tradicionais são expulsas, há grandes impactos ambientais e a população local fica cada vez mais empobrecida", lamentou. "Temos os exemplos de Pitinga (exploração de Bauxita, no Amazonas) e de Carajás (extração de ouro, no Pará). Não queremos que essa história se repita."

Ambiente Brasil, Internet, 30-5-06

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