Brasil: manifestação impede volta de obras no rio Madeira

Idioma Portugués
País Brasil

Uma manifestação de trabalhadores impediu ontem a segunda tentativa de retorno das obras no canteiro da usina de Santo Antônio, em Rondônia. Com isso, o consórcio construtor da hidrelétrica decidiu novamente parar as obras para evitar que a manifestação "tomasse uma dimensão maior"

A reportagem é de Felipe Luchete e Rodrigo Vargas e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 25-03-2011.

 

De manhã, quando parte dos funcionários chegou para o trabalho, um grupo com 50 a 100 pessoas organizou protestos, de acordo com o consórcio.

 

O Sticcero (Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Rondônia) declarou que alguns ônibus foram impedidos de chegar à obra. Motoristas e passageiros eram chamados para descer dos veículos.

 

Segundo o sindicato, o grupo faz parte dos 3.000 trabalhadores que moram em alojamentos da usina, no rio Madeira, e não foram à assembleia feita anteontem.

 

Os alojados então ficaram alheios às decisões tomadas no dia anterior, quando foram aceitas 6 das 20 reivindicações, como melhorias das refeições e mudança do plano de saúde. O consórcio não confirmou a informação.

 

As obras da usina foram paralisadas na sexta passada, após os confrontos em Jirau, também no rio Madeira.

 

JIRAU

 

A retomada completa das obras da usina hidrelétrica de Jirau, paralisadas desde o dia 18 após a eclosão de uma revolta entre os operários, depende da volta ao trabalho nas obras da usina vizinha de Santo Antônio, diz o presidente do consórcio Energia Sustentável, responsável por Jirau, Victor Paranhos.

 

Ontem, cerca de 3.500 operários de 20 empresas menores que participam das obras em Jirau voltaram ao canteiro de obras. O grosso do total de operários, cerca de 19 mil, contratados pela Camargo Corrêa, ainda não voltou ao trabalho.

 

Segundo Paranhos, como o sindicato que representa os trabalhadores e as reivindicações são os mesmos em Jirau e Santo Antônio, uma obra depende da outra.

 

Ele disse que a obra deve ser concluída em 2013, conforme previsto em cronograma. Antes do tumulto da semana passada, a direção da usina havia modificado o prazo para 2012.

 

Instituto Humanitas Unisinos, Internet, 25-3-11

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