Brasil: governo admite que Mato Grosso faz cultivo clandestino de soja transgênica


Prensa



Amazônia, Internet, 30-11-02
http://www.amazonia.org.br/noticias/noticia.cfm?id=50901

Brasil: governo admite que Mato Grosso faz cultivo clandestino de soja transgênica

O Governo brasileiro deverá iniciar uma amplo trabalho para tentar acabar com o cultivo clandestino de soja transgênica em Mato Grosso. As sementes utilizadas no plantio são contrabandeadas da Argentina. Especialistas dizem que o produto entra em Mato Grosso pelo sistema de navegação do Rio Paraguai. A ação, que também envolverá no Rio Grande do Sul, será feita através do sistema de exclusão.

O governo brasileiro conseguiu negociar um acordo com a China para que os exportadores brasileiros continuem exportando soja para aquele país a partir do dia 20 de dezembro, mas pelo acordo, o Brasil terá que emitir um certificado provisório de biossegurança fundamentado em parecer feito por um grupo de especialistas.

Esse parecer garantirá que a soja brasileira não apresenta risco à biossegurança mesmo que, eventualmente, contenha grãos geneticamente modificados. Essa avaliação terá de ser avalizada pelo ministro da Agricultura. Nesse meio tempo, o Ministério da Agricultura criará um sistema de certificação de soja cultivada de forma convencional. O grupo de especialistas é formado por técnicos do Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal do Ministério da Agricultura; da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária; da Associação Nacional de Exportadores de Cereais; e da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais.

O acordo fechado com as autoridades chinesas vem sendo negociado há cerca de quatro meses. E foi necessário porque a China, a partir do dia 20 de dezembro não mais aceitará o certificado provisório usado atualmente. Pelo sistema atual, o importador fornece o certificado, fazendo a ressalva de que o produto brasileiro pode conter grãos geneticamente modificados.

Além disso, o produto brasileiro poderia ser misturado facilmente com a soja argentina no porão dos navios, uma vez que, por não ter calado suficiente no porto de Buenos Aires, os navios procedentes daquele país têm a carga complementada no Brasil.

Fonte: 24 Horas News, Cuiabá - MT, 30/11/2002
http://www.24horasnews.com.br/

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