Brasil: faltam fiscais para monitorar pulverização de agrotóxicos no país

Idioma Portugués
País Brasil

Apenas 70 fiscais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) são responsáveis por fiscalizar toda a pulverização de agrotóxicos e adubos feita por aviões nas plantações agrícolas do país

Estes profissionais respondem por 20 milhões de hectares de lavouras. Esta realidade foi tema de debate promovido nesta quinta-feira (22) pela subcomissão da Comissão de Seguridade Social e Família, que estuda os impactos dos agrotóxicos na saúde da população.

 

Em entrevista à Agência Câmara, chefe da Divisão de Aviação Agrícola do Mapa, José Marçal dos Santos Junior, admitiu que faltam profissionais. Ele conta que há uma “demanda reprimida”, tendo em vista que vários fiscais foram aposentados sem que houvesse reposição de funcionários.

 

Mais da metade da área que deveria receber uma melhor fiscalização está ocupada pela soja, de acordo com dados do próprio ministério e do Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola.

 

De acordo com o sindicato, a pulverização aérea de agrotóxicos de lavouras é feita por mais de mil e 300 aviões. Entre as obrigações na prática está a de não fazer pulverizações a menos de 250 metros de mananciais e 500 metros de povoados. Não há regras sobre distância de rodovias.

 

O Brasil é o país que mais consome agrotóxicos no mundo. Somente em 2009, 115 pessoas morreram contaminadas com este tipo de veneno e quase 4 mil ficaram intoxicadas segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Púlsar Brasil, Internet, 23-9-11

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