Brasil: degradação na Amazônia Legal cresce 35%, diz Instituto Imazon

Idioma Portugués
País Brasil

Na Amazônia Legal, 299 quilômetros quadrados de florestas foram degradados em março deste ano, um aumento de 35% em comparação com o mesmo período de 2010, quando a área atingida foi de 220 km2. Os dados, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), constam no último boletim do Instituto Imazon

 

A reportagem é de Fátima Lessa e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 14-05-2011.

 

Segundo o instituto, Mato Grosso foi responsável por 73% da degradação, seguido por Rondônia, com 23%. Degradação florestal significa que a floresta foi cortada parcialmente ou sofreu queimada, mas não foi totalmente derrubada.

 

Os dados confirmam o alerta feito pelo Deter, sistema de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que detecta a ocorrência de corte raso, ou seja, desmatamento total de uma área, na Amazônia Legal.

 

Em janeiro e fevereiro deste ano, o Deter apontou 19,2 km2 de áreas desmatadas. Mato Grosso apareceu como o Estado que mais desmatou, com 14,4 km2, seguido pelo Maranhão, com 4,3 km2.

 

Perfil

 

O diretor de desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, confirma que houve um pico fora da curva e diz que agora a maior preocupação é em relação à mudança do perfil do desmate. Nos últimos cinco anos, o desmatamento ocorreu em polígonos que variavam de 20 a 80 hectares. Hoje é comum encontrar áreas desmatadas com mais de mil hectares. "Constatamos a volta do uso de correntão (grandes tratores), que desmata de maneira ilegal com mais rapidez e em maior quantidade", afirmou o superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Ramiro Hofmeister Martins-Costa.

 

Para Pires, os desmatadores estão apostando no perdão ao desmate que pode ser concedido pelo novo Código Florestal, que não tem data para ser votado no Congresso.

 

Instituto Humanitas Unisinos, Internet, 14-5-11

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