Brasil: comunidades tradicionais exigem ser consultadas a respeito do Projeto Complexo Madeira

As comunidades ribeirinhas ameaçadas pelo Projeto do Madeira fizeram uma manifestação nessa segunda-feira, dia 16 de abril, no Ministério Público Federal de Rondônia, em apoio à Ação Civil Pública que embarga o licenciamento das usinas

A manifestação foi organizada pelo Fórum Independente Popular, que além dos ibeirinhos congrega o MAB, Movimento dos Atingidos por Barragens. Foram entregues na ocasião declarações das comunidades Santo Antônio, Cachoeira dos Macacos, Sacaca, Porto Seguro, Ilha do Teotônio, Teotônio, Cujubim e São Carlos afirmando que Furnas/Odebrecht “...não prestaram informações suficientes sobre os impactos na nossa comunidade nem apresentaram garantias das compensações e indenizações.”

Junto com as declarações das comunidades ribeirinhas foi entregue ao Procurador da República um documento das nações indígenas de Rondônia. Os caciques e representantes das diversas etnias da região, alertam que “no rio Madeira, tem a grande Hidrelétrica de Santo Antônio, que afetará os povos indígenas isolados do Madeirinha e indiretamente afetará os povos Karitiana, Karipuna, Kaxarari, Pacaas Novas e a T.I. Ribeirão e T.I. Lages. Todos esses povos serão atingidos, porque se sair a usina de Santo Antônio, sai também a usina de Jirau.“

As lideranças indígenas se posicionam frontalmente contra a expansão da produção de energia hidroelétrica na Amazônia, o que levaria a uma mayor desagregação de seus territórios, alguns sequer reconhecidos. Segundo as lideranças indígenas “há formas alternativas de gerar energia sem destruir a grande mãe-natureza, criada pelo pai grande. Não queremos hidrelétricas no rio Madeira e em nenhum outro! ”

Os Karitianas, os mais afetados com a eventual construção das Usinas do Madeira, também deram seu aval ao documento. Marcelo e Inácio Karitiana atestaram que o apoio do cacique Antenor Karitiana ao Projeto Madeira é unilateral e não corresponde à posição da aldeia no seu conjunto.

No dia 24 de abril, foram marcadas oitivas com representantes dessas comunidades tradicionais para que fiquem registradas as suas preocupações, bem como a forma negligente com que foram tratadas pelo Consorcio Empreendedor.

Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, Internet, 17-4-07

Comentarios

11/05/2007
Complexos do Madeira, por Leilson Mário Ferreira Paes
Dizer que os povos ìndigenas, taís como os Karintianas vão ser afetado pela construção das Usinas do Rio Madeira é não conhecer profundamente os problemas vividos pelos povos civilizados que aqui moram, como eu, nascido e criado em Porto Velho/RO, sei muito bem dizer dos problemas que vivenciamos durante muitos anos, esses seres humanos que vivem no meio do mato nús, cultivando ainda hoje em dia uma cultura, que já foi superada em muito por nossos ancestrais, há quase 2 milhões de anos, e nada fazem para o desenvolvimento deste PAÍS, são um zero à esquerda, não plantam, nem ao menos trabalham para sua própria subsxistencia, esparando que nós, que trabalhamos efetivamente contribuimos com pagato. de impostos, e revestido pra eles ficarem vagabundando e ainda por cima atrapalharem, essas usina que tanto será util para a maioria da população, aqui existente.