Brasil: Sem Terras do Rio Grande do Sul decidem resistir a despejos
A Justiça determinou a reintegração de posse imediata de duas fazendas no Rio Grande do Sul ocupadas pelo MST nesta semana. Os acampados decidiram resistir aos despejos
Segundo informou a página do movimento, as famílias estão acampadas nas cidades gaúchas de Viamão e de Sananduva. O MST reafirma que não sairá das áreas até que o governo do estado e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) anunciem o assentamento das famílias.
Ainda em abril, o governo do Rio Grande do Sul, depois de um acordo com o governo federal, se comprometeu em distribuir terras para famílias que vivem em barracas de lona preta. Mas, desde a assinatura do termo, nenhuma das cerca de mil famílias nesta situação foi assentada.
Para o MST, os governos federal e estadual têm encarado a reforma agrária como uma questão de polícia. O movimento ressalta que os acordos e metas feitos são constantemente descumpridos pelo poder público.
Além das ocupações de Viamão e Sananduva, o movimento também resiste na cidade gaúcha de Vacaria. Por lá, mais de 500 pequenos agricultores ocuparam uma área pública de 400 hectares. O MST denuncia que existem diversas áreas do governo abandonadas no Rio Grande do Sul.