Assembleia da Moita quer concelho livre de transgénicos

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A Assembleia Municipal da Moita aprovou, com os votos favoráveis da CDU, PS e BE, uma moção que declarou a intenção de ver o concelho constituído Zona Livre de Organismos Geneticamente Modificados

Esta moção foi baseou-se «na consideração da necessidade de salvaguardar a defesa da agricultura tradicional e biológica, sendo que o decreto-lei que regula a coexistência entre estas culturas e as transgénicas não foi precedido de um debate esclarecedor com todas as partes interessadas, designadamente agricultores, consumidores, ambientalistas e autarquias», refere a autarquia.

A falta de informação e desconhecimento sobre a matéria, a difícil fiscalização em relação às culturas transgénicas, a não regulamentação do fundo de compensação em caso de contaminação foram outras das razões que suportaram a decisão da Assembleia Municipal.

A moção dava ainda conta de que «90 por cento de cidadãos dos diferentes países da União Europeia declaram querer ter direito a não consumir transgénicos, que 86 por cento sente que precisa de muito mais informação sobre OGM (organismos geneticamente modificados) e que 71 por cento pura e simplesmente quer rejeitar os OGM».

Assim, a Assembleia Municipal da Moita deu «um sinal muito claro de que quer preservar a agricultura tradicional e biológica, que quer aplicar o princípio da precaução, protegendo assim as zonas agrícolas e florestais, bem como as pequenas e domésticas culturas do concelho», acrescenta.

Ambiente Online, Internet, 2-3-06

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