Governo brasileiro insiste em liberar os transgênicos


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Governo brasileiro insiste em liberar os transgênicos

Campanha por um Brasil Livre de Transgênicos

Boletim Nº 80, 6-9-01



Car@s Amig@s
De segunda a quinta-feiras, o governo brasileiro deu, mais uma vez, mostras de que insiste em liberar os transgênicos no Brasil e de que não se importa nem um pouco com a opinião da sociedade organizada. Realizou nesses dias, em Brasília, através da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o seminário internacional

, para o qual não convidou nenhum pesquisador contrário aos transgênicos. Em sentido oposto, abriu a palavra até para um representante da Syngenta, um dos maiores conglomerados internacionais do setor de agrobiotecnologia. Vários membros da Campanha Por Um Brasil Livre de Transgênicos foram à Brasília e, durante a abertura do evento, fizeram um protesto silencioso e simbolicamente forte. Amordaçados com um lenço preto, sentaram-se à frente da mesa dos expositores, de costas para eles. Ninguém conseguiu ignorar os manifestantes. Nem o Ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardemberg, que descaradamente mentiu, afirmando ter aberto espaço para as organizações não-governamentais se manifestarem.

Durante o evento, que teve pouca repercussão na imprensa, a Campanha distribuiu aos jornalistas presentes um argumentário que relata as principais desvantagens científicas, econômicas e ambientais dos transgênicos. Na quarta-feira (05/09), a Campanha enviou uma carta-protesto a Sardemberg.

No texto, reclama-se do fato de que "o seminário teve uma programação tendenciosamente elaborada, de modo a só trazer a opinião dos que são a favor da liberação, que consideramos irregular, dos alimentos transgênicos no Brasil e em outros países. Exemplos da ausência do contraditório não faltam na programação do evento, como no caso do painel sobre rotulagem, onde há somente a exposição da representante da Embrapa, que não tem atribuição legal ou técnica para discorrer em nome do governo ou da classe científica sobre o tema e que, notoriamente, é contrária a rotulagem que atenda as necessidades dos consumidores".

A carta ressalta que "nenhuma audiência pública foi promovida pela CTNBio, após a posse da sua nova presidência, para revisar todas as instruções normativas e os pareceres já emitidos ou discutir a política nacional de biossegurança, entre outros temas de nosso interesse".

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