Campanha por um Brasil livre de transgênicos Boeltim Nº 54, Clonagem
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Campanha por um Brasil livre de transgênicos
Boletim Nº 54
Editorial
Clonagem
Car@s Amig@s
"Uma das voluntárias da empresa Clonaid terá um clone humano implantado em seu corpo nesta semana. O francês Claude Vilhorn, dono da companhia, diz que esta é apenas uma prova do que ele poderá fazer em um futuro muito breve.
Na Coréia do Sul, um laboratório mantém
embriões de clones humanos. Eles são destruídos após 14 dias e, segundo os cientistas, servem para experimentos de recomposição de órgãos humanos. Mas nada impede, de acordo com estes mesmos cientistas, que o tempo de vida dos embriões seja prorrogado.
No mês passado, o cientista Panayiotis Zavos, da Universidade de Kentucky, anunciou que ele e o pesquisador italiano Severino Antinori formaram um consórcio para produzir clone humano.
A empresa australiana Southwestern Cross oferece serviços de estocagem de DNA. Tem até um kit que contém frascos e sacos plásticos para que o cliente possa guardar pelos ou sangue e assegurar sua clonagem." (
).
Estamos vivendo um momento em que incríveis avanços científicos apontam para o desenvolvimento de técnicas que podem ser usadas de formas inimagináveis, para os mais variados fins -- desde terapêuticos até de terrorismo.
Há ainda muita fantasia em torno do tema. A técnica da clonagem de animais ainda não é dominada pelos cientistas.
"O nível de sucesso se mantém entre a gestação de um único feto viável a cada 300 a 600 embriões implantados no útero de um animal que serve como mãe biológica. Mas nem todos os fetos nascem. Muitos deles acabam em aborto e, dos que nascem, a grande maioria morre devido a problemas cardiocirculatórios, respiratórios ou por uma alarmante deficiência no sistema imunitário. Dos poucos que finalmente parecem viáveis, a maioria apresenta a chamada síndrome LOS (Large Offspring Sindrome, ou Síndrome de Filhos Grandes), que se caracteriza por animais de tamanho maior em relação aos animais não clonados.
'Ainda não compreendemos corretamente os mecanismos da clonagem', declarou há pouco tempo Lorraine E. Young, pesquisadora do Instituto Roslin de Edimburgo, onde se induziu o nascimento da ovelha Dolly." (
).
A questão, no entanto, é que essa tecnologia está se desenvolvendo numa velocidade que nem a população e nem os governos e agências reguladoras estão conseguindo acompanhar. Não há mecanismos que controlem ou possam monitorar o que se pesquisa e se desenvolve nos infinitos laboratórios espalhados pelo mundo. Alguns países da Europa, o Brasil, alguns Estados dos EUA e mais recentemente o Japão vêm impondo restrições ao uso de embriões humanos em pesquisas. Se por um lado essas medidas sofrem o ataque de cientistas que acusam os governos de ditatoriais e retrógrados, por outro não são realmente eficientes, na medida em que não existem enquanto normas internacionais.
Há uma seita religiosa dizendo que vai clonar Jesus Cristo em um laboratório secreto em "algum país" que não proíba a clonagem de humanos. Richard Seed, um outro pesquisador americano defensor das cópias humanas, mudou-se com sua equipe para o Japão fugindo das pressões nos EUA, e após a proibição japonesa para pesquisas do gênero, diz que continuará seu trabalho mesmo que tenha que ficar mudando freqüentemente de país.
É preciso que a sociedade comece a discutir essa questão. Para tanto é também preciso que se divulgue informações de forma clara, que os cientistas consigam "falar para leigos". É urgente que se amplie e aprofunde este debate e que os governos e órgãos reguladores internacionais definam diretrizes éticas que direcionem a pesquisa.
É claro que somos todos favoráveis ao avanço científico, mas a um avanço responsável que traga reais benefícios à sociedade.
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