Não podemos mais adiar as conquistas - Confira o primeiro artigo da coluna Aromas de Março de 2025
A chegada de 2025 foi marcada por celebrações. A dureza dos tempos não retira do povo a vontade de celebrar! É em defesa da alegria que nos colocamos novamente no fronte de luta.
O ano que chega repõe o desafio de analisarmos o contexto de crise que estamos vivenciando em suas múltiplas dimensões – econômica, política, social, ambiental – o que Ana Esther Ceceña tem chamado de colapso metabólico, como uma possível “janela de oportunidades” de fazer das contradições capitalistas “brechas” para denunciar o agronegócio e trazer o debate, junto à sociedade, da importância da Reforma Agrária Popular como um caminho possível para superar a destruição ambiental, a concentração de riqueza e a desigualdade social.
A ordem perversa do capital imposta ao campo – personificada no agro-hidro-mínero-negócio – aprofunda inúmeras contradições e impulsiona uma crise civilizatória expressa, entre outras coisas, na crise hídrica, na perda da biodiversidade, na emergência climática, no envenenamento, cujas consequências recaem diretamente sobre os territórios camponeses, indígenas, de povos e comunidades tradicionais e nas populações urbanas em situação vulnerável, que acabam por impactar de forma decisiva o conjunto da sociedade.
- Edição: Fernanda Alcântara
Fonte: MST - Brasil