Movimentos concluem mais uma jornada por outro mundo possível
Diferentes movimentos sociais apontaram ações conjuntas ao final do Fórum Social Temático (FST). O evento encerrou suas atividades neste domingo (29), em Porto Alegre. Ações comuns prévias à Rio+20 e à Cúpula dos Povos estão agendadas.
Os debates do Fórum devem se estender até o meio de 2012. Não as atividades autogestionadas, palestras e audiências entre sociedade civil e governo, mas os assuntos propostos por esta edição temática: “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”.
É que em junho se realizará no Rio de Janeiro a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. João Pedro Stedile, da Via Campesina e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), têm uma visão crítica sobre este evento.
Assim como ele, movimentos sociais chamam os créditos de carbono, pauta central na Rio+20, de “capitalismo verde”. Por isso, aproveitaram o evento para convocar a Cúpula dos Povos, paralela a da ONU. Na ocasião, Sonia Guajajara, da Articulação dos Povos Indígenas, criticou o governo por construir a usina de Belo Monte, no Pará.
Já a presidenta Dilma Rousseff, que também esteve no Fórum, defendeu unir “crescimento acelerado da economia” e “sustentabilidade”. No entanto, o diretor do Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (Ibase) e um dos fundadores do Fórum, Cândido Grybowski, afirmou esta é uma junção de dois conceitos totalmente contraditórios.
Em mais esta jornada por "outro mundo possível", os participantes do Fórum Social Temático realizaram atividades entre 24 e 29 de janeiro, tentando fortalecer suas lutas em meio a atual crise capitalista.
Agencia Pulsar Brasil, Internet, 27-1-12