Marcha no FST exigiu justiça social e ambiental para o mundo
A marcha de abertura do Fórum Social Temático (FST) levou ativistas de várias partes do mundo às ruas do centro da capital gaúcha, Porto Alegre. Até domingo (29), o evento deve reunir pelo menos 30 mil pessoas.
Ambientalistas, vestidos de morte, estiveram à frente da caminhada levando caixões em protesto à destruição da natureza. Centrais sindicais animaram a caminhada, realizada neste terça-feira (24), com carros de som e bandeiras.
Militantes de organizações feministas, LGBT e do movimento negro também relacionaram suas lutas ao tema da edição do Fórum neste ano: “Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental”.
Uma grande faixa onde se lia “Agrotóxico é veneno!” foi levada por trabalhadores do campo. Movimentos sem teto e de catadores de material reciclável pediram por cidades justas. Estudantes, em grande número, animaram o ato público com batuques.
No meio do caminho da longa caminhada, uma curta e forte chuva refrescou o calor, mas não tirou ânimo dos participantes, que seguiram em marcha com palavras de ordem como: “os bens da Terra são de todos e de ninguém”.
A mobilização durante o Fórum se mostrou diversa, inclusive sobre a opinião em relação aos governos estadual e federal; uns críticos e outros demonstrando apoio. Houve ainda um grupo de ativistas que não participou da marcha oficial por acreditar que o Fórum está institucionalizado, realizando uma intervenção paralela no Palácio da Justiça.
Como ponto comum a todos estes grupos, o rechaço ao sistema capitalista. A marcha, que saiu da Avenida Borges de Medeiros, chegou ao Anfiteatro Pôr do Sol, junto às margens do rio Guaíba. O FST integra o processo do Fórum Social Mundial, iniciado em 2001 em resposta ao Fórum Econômico Mundial, de Davos.
Neste ano, os debates giram em torno de temas presentes na Conferência de Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Río + 20, e no evento alternativo ao oficial, a Cúpula dos Povos. Ambos serão realizados no Rio de Janeiro, em junho.