Monocultura mata a biodiversidade!
21 de Setembro: Dia Nacional de Luta contra a Monocultura. OS FATOS: A Aracruz não doou nada, porque doação é um ato de livre vontade. A Aracruz foi obrigada a devolver terras aos Tupinikim-Guarani porque foi provado que ela invadiu terras indígenas. TERRA É DIREITO DE TODOS!!!
Mobilização dia 21/09, em frente ao portão do Parque da Pedra da Cebola (Passarela-UFES), com concentração às 16hs
Monocultura mata a Biodiversidade!!
XVI FARSA DO VERDE QUEM INVADE TERRA É A ARACRUZ E NÃO OS ÍNDIOS!
As comunidades indígenas iniciaram no dia 17/05 a auto-demarcação das suas terras, invadidas pela Aracruz Celulose. Dos 18.070 ha de terras identificadas pela FUNAI, em 98, reconhecidos pelo Ministério da Justiça, 11.009 há ainda não foram demarcados. A Aracruz Celulose usa seu poder econômico para fazer propagandas nos meios de comunicação, financiar campanhas políticas e pressionar as instâncias de decisão, para permanecer nas terras por ela invadidas, e garantir os seus lucros. Tudo vale para a empresa que se diz socialmente responsável, e afirma que tem "grande respeito" pelas comunidades indígenas. A ORIGEM DAS TERRAS
Estudos registram que em 1500 viviam na região do ES aproximadamente 14 povos indígenas. O Tupinikim é um desses povos que habita a região antes da chegada dos europeus. Em 1967, com a chegada da Aracruz Celulose no ES, iniciou-se o processo de expropriação das terras tradicionalmente ocupadas pelos Tupinikim, que passaram a viver acuados dentro de seu próprio território. Segundo contam os mais velhos, a Aracruz Celulose derrubou as matas nativas, substituindo-as pelas plantações de eucalipto. Denunciam ainda que a empresa destruiu mais de 40 aldeias indígenas na região e construiu a fábrica de celulose sobre a antiga Aldeia de Macacos. Esses relatos são confirmados em estudos oficiais da FUNAI, que registraram vestígios dessas aldeias numa área contínua de pelo menos 30 mil ha. Depois que a Aracruz invadiu as terras indígenas restaram apenas três aldeias Tupinikim: Comboios, Pau Brasil e Caieiras Velha, cercadas pelo eucaliptal. Com a chegada dos Guarani Mbya nos anos 60, vindos do sul, na caminhada pela busca da Terra sem Males, os Tupinikim os acolheram e ganharam força na luta contra a Multinacional.
VOCÊ SABIA?
A Aracruz afirma que mais de 80 proprietários de origem italiana já ocupavam as terras que ela comprou no Município de Aracruz.
OS FATOS: Indivíduos registraram as terras em seu nome e depois repassaram para a Aracruz, a maioria deles nunca ocupou efetivamente as áreas. A Aracruz afirma que até hoje fez "doação" de terras aos índios.
OS FATOS: A Aracruz não doou nada, porque doação é um ato de livre vontade. A Aracruz foi obrigada a devolver terras aos Tupinikim-Guarani porque foi provado que ela invadiu terras indígenas.
A SITUAÇÃO DOS QUILOMBOLAS DO SAPÊ DO NORTE
Nos municípios de São Mateus e Conceição da Barra vivem aproximadamente 35 comunidades de descendentes dos antigos quilombos, organizados desde a época da escravatura. São povos que resistiram durante séculos ao racismo e que, atualmente, lutam por direitos negados desde a época que foram trazidos a força da África.
Novamente a Aracruz Celulose, utilizando-se de transferências ilegais de terra, roubou dos quilombolas suas terras e os obrigou a viver ilhados pelas plantações de eucalipto. Como resultado desta prática ilegal as comunidades quilombolas se vêem obrigadas a viver de acordo com as leis ditadas pela empresa, sabendo que já não há mais espaço para o cultivo da agricultura de subsistência e suas práticas tradicionais. Um exemplo disso é a existência de várias pessoas doentes e mutiladas devido aos trabalhos com agrotóxicos, amplamente utilizado em monoculturas.
Hoje, as comunidade do Sapê do Norte encontram-se em processo de identificação das áreas tradicionalmente ocupadas, antes da chegada da multinacional.
As 35 comunidades remanescentes de quilombos articulam-se numa comissão para organizar a resistência e a luta por suas terras: 3 comunidades já tem os estudos técnicos realizados pela Fundação Palmares e INCRA e outras 2 estão em fase de pesquisa.
TERRA É DIREITO DE TODOS!!!