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Foto: Marcos Modif / Greenpeace

Um levantamento do Greenpeace Brasil mostrou que somente no mês de julho deste ano 73% da destruição causada na Amazônia para a exploração de garimpo ocorreu em unidades de conservação e terras indígenas, áreas que deveriam estar protegidas pelo Estado. Segundo alertas do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram detectados 2.369 hectares de desmatamento para exploração de garimpo na Amazônia neste período, sendo que o Pará concentra 91% dessa destruição, um total de 2.156 hectares. Somente Itaituba e Jacareacanga, cidades localizadas na região do Tapajós, concentram 70% do desmatamento para garimpo na Amazônia brasileira. Essas cidades também são apontadas como os principais pontos de origem de ouro ilegal, sendo grande parte fruto da extração realizada dentro de áreas protegidas.

Três áreas protegidas concentram 55% do desmatamento para garimpo na Amazônia

Pueblos indígenas

"Cerca de 3 mil indígenas saíram em marcha pela principal rua da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, deixando um rastro de “sangue”, em referência simbólica ao genocídio contra os povos tradicionais".

Brasil: Encerramento de ato indígena deixa rastro de “sangue” na Esplanada dos Ministérios

Garimpo na terra indígena Munduruku

A aldeia PV que ficava localizada dentro da Terra Indígena Munduruku, no Pará, não existe mais. Foi devastada pelo garimpo, doenças e corrupção segundo um comunicado divulgado pelo Movimento Ipereg ayu.

Brasil: Devastada por garimpo e doenças, povo Munduruku comunica fim de aldeia indígena

Terra Brasil

Apesar de discursos recorrentes de que “há muita terra para pouco índios” e dos atuais projetos que tentam diminuir as áreas de conservação no país, é o agronegócio que ocupa a maior parte do território nacional, segundo dados do Atlas Agropecuário lançado pelo Imaflora, GeoLab da Esalq/USP e a KTH da Suécia.

Agronegócio é o dono das terras do Brasil