Marta Salomon

Para tentar abrir o mercado externo para o biocombustível nacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje a proibição de novas plantações de cana-de-açúcar em áreas ocupadas atualmente por vegetação nativa em todo o país. Somadas à Amazônia, ao Pantanal e seu entorno, a proibição alcançará 81,5% do território nacional

Brasil: em nome do mercado internacional, governo proíbe a expansão de canaviais

Enquanto o Congresso e o governo negociam mudanças nos atuais limites do desmatamento no país, uma pesquisa Datafolha mostrou que 94% dos entrevistados preferem a suspensão do abate de árvores, mesmo que isso signifique frear o crescimento da produção agropecuária. A opção de autorizar mais desmatamento para aumentar a produção foi escolhida por apenas 3% dos entrevistados

Brasil: 94% preferem suspensão de desmate a maior produção

A pressão para liberar a expansão do cultivo de cana-de-açúcar na bacia do Alto Paraguai -uma área equivalente ao território de Alagoas, no entorno do Pantanal mato-grossense- já provoca um novo adiamento de cinco meses no anúncio do zoneamento da cana, um compromisso internacional assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cruzada em defesa do biocombustível

Brasil: Lula estuda liberar plantio de cana na borda do Pantanal

Documento da Embrapa desautoriza Lula que, em fóruns internacionais, diz que área não é propícia a essa cultura.Dados mostram que, até 2012, cidade do Acre deve aumentar quase dez vezes a área plantada -chegando ao equivalente a 30% de SP

Brasil: Embrapa relata expansão de cana na Amazônia